omo jogador profissional, o atacante Ronaldo deu uma canelada digna dos piores bagres do futebol. Ao iniciar a entrevista coletiva em que anunciaria sua despedida dos gramados, o atacante disse que convivia, desde 2007, com o hipotireoidismo, uma disfunção da glândula da tireoide que justificaria o seu ganho de peso nos últimos anos. Segundo Ronaldo, ele estaria impedido de fazer o tratamento hormonal porque a substância configuraria doping no futebol. Ronaldo mentiu. À venda em qualquer farmácia por menos de dez reais, a levotiroxina sódica, remédio que susbtitui o hormônio em pessoas com hipotireoidismo, não é considerada substância dopante pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), não havendo nenhuma referência a ela no regulamento de controle de dopagem da entidade.
A levotiroxina sódica possui a mesma fórmula química do hormônio produzido pela glândula tireoide. Como é natural que as pessoas produzam o hormônio, a reposição dele em casos de hipotireoidismo não pode ser considerada doping. Segundo Alberto Puga, autor do livro Leis Antidoping, mesmo as substâncias do rol de proibições da CBF podem ser usadas se ficar comprovado que seu uso é imprescindível para o tratamento de alguma doença.
Um exemplo foi o do atacante Washington, artilheiro do campeonato brasileiro de 2004 pelo Atlético Paranaense, e campeão brasileiro em 2010 pelo Fluminense. Diabético, o centroavante sempre precisou tomar insulina para controlar a doença. O jogador se aposentou no início deste ano, também aos 34 anos de idade.
Em casos como o de Washington e o de Ronaldo, o departamento médico do clube precisa pedir isenção de uso terapêutico para o controle de dopagem da CBF. O caso é submetido a uma junta médica que analisa o pedido. Até remédios contra a asma, como os broncodilatores, expressamente proibidos pelo regulamento da CBF, podem ser autorizados se forem essenciais para a saúde do atleta.
Procurado pelo site de VEJA, o médico Joaquim Grava, do Corinthians, disse que Ronaldo fez vários exames no clube e desmentiu o craque quanto à proibição de tratamento. “Ele está em pleno tratamento com um endocrinologista”, afirmou. “O problema é que alguns atletas conseguem voltar a jogar em alto nível, mas isso depende de fatores como idade e medicamentos, e realmente alguns são proibidos para atletas.”
A intenção do Fenômeno com a ‘revelação’ era acertar uma bolada nos jornalistas esportivos, incansáveis perseguidores do craque no assunto balança. “Muitos devem estar arrependidos de tanta chacota do meu peso, mas não guardo mágoa de ninguém”, disse logo após a citação à doença. Ao recorrer a meias-verdades, acabou atingindo mesmo os seus milhares de fãs.
Créditos: Veja
A levotiroxina sódica possui a mesma fórmula química do hormônio produzido pela glândula tireoide. Como é natural que as pessoas produzam o hormônio, a reposição dele em casos de hipotireoidismo não pode ser considerada doping. Segundo Alberto Puga, autor do livro Leis Antidoping, mesmo as substâncias do rol de proibições da CBF podem ser usadas se ficar comprovado que seu uso é imprescindível para o tratamento de alguma doença.
Um exemplo foi o do atacante Washington, artilheiro do campeonato brasileiro de 2004 pelo Atlético Paranaense, e campeão brasileiro em 2010 pelo Fluminense. Diabético, o centroavante sempre precisou tomar insulina para controlar a doença. O jogador se aposentou no início deste ano, também aos 34 anos de idade.
Em casos como o de Washington e o de Ronaldo, o departamento médico do clube precisa pedir isenção de uso terapêutico para o controle de dopagem da CBF. O caso é submetido a uma junta médica que analisa o pedido. Até remédios contra a asma, como os broncodilatores, expressamente proibidos pelo regulamento da CBF, podem ser autorizados se forem essenciais para a saúde do atleta.
Procurado pelo site de VEJA, o médico Joaquim Grava, do Corinthians, disse que Ronaldo fez vários exames no clube e desmentiu o craque quanto à proibição de tratamento. “Ele está em pleno tratamento com um endocrinologista”, afirmou. “O problema é que alguns atletas conseguem voltar a jogar em alto nível, mas isso depende de fatores como idade e medicamentos, e realmente alguns são proibidos para atletas.”
A intenção do Fenômeno com a ‘revelação’ era acertar uma bolada nos jornalistas esportivos, incansáveis perseguidores do craque no assunto balança. “Muitos devem estar arrependidos de tanta chacota do meu peso, mas não guardo mágoa de ninguém”, disse logo após a citação à doença. Ao recorrer a meias-verdades, acabou atingindo mesmo os seus milhares de fãs.
Créditos: Veja