Músicas sem o menor sentido, mas que fizeram o maior sucesso
Ninguém admite, mas todo ser humano tem a tendência de achar graça ou gostar de coisas que não fazem absolutamente o menor sentido. Muitas vezes, quanto menor o entendimento, mais divertida a coisa se torna. O Top 10 fala dessa nossa obsessão pelo nonsense e traz dez músicas cujas letras não fazem lá muito sentido, mas que foram repetidas à exaustão e fizeramo maior sucesso.
10. Bilu Tetéia (Sérgio Mallandro)
De fato as músicas (se assim podemos chamar) do Sérgio Mallandro nunca foram boas, mas a irreverência delas o fez famoso. Talvez tenha sido algum tipo de simpatia de sua mãe que, quando ele era pequeno, lhe dizia "bilu, bilu, bilu... bilu tetéia". (ouça)
9. W/Brasil (Jorge Ben Jor)
Como fazer uma letra confusa? Simples, basta misturar jacarezinho com avião, disco voador, escada, surf ferroviário e o síndico(?) Tim Maia! Hoje em dia, certamente daria um funk na cabeça. Naquela época, deu uma música estranha que fez o maior sucesso. (ouça)
8. Heloísa, Mexe a Cadeira (Vinny)
De vez em quando, em processos seletivos, rola uma dinâmica de grupo sobre usos inusitados para um objeto. E, em geral, é uma cadeira. Pois faz tempo que Heloísa sabia o que fazer com uma cadeira. Ela não só mexia a cadeira da maneira que te tara como botava pra danar e trepava na mesa. Tudo isso, claro, perdendo a vergonha na cara. Mexe a cadeira! (ouça)
7. Diretoria (Mc Sapão)
O funk é um gênero tipicamente carioca, o natural do Rio é o batidão. Mas o clima aqui está difícil, estamos pedindo a Deus para que olhe por nós. Prolombombom bombom. Por outro lado, somos pacíficos, convivemos com a playboyzada e os manos do morrão. Mas a melhor pérola vem em seguida: "funkeiro é nós com muita disciplina: www ponto com brasília". Ahn? (ouça)
6. Mulher (Neguinho da Beija-Flor)
No Qual é a Música?, Silvio Santos perguntava de quantas notas o candidato precisava para adivinhar a música. Às vezes, bastava uma nota. Pois com Neguinho da Beija-Flor foi parecido: bastou uma palavra para que ele escrevesse uma das letras mais insanas da música brasileira e nos torturasse durante o carnaval. Mulher, mulher, mulher... (ouça)
5. Eguinha Pocotó (Mc Serginho)
Vocês podem acusar o Mc Serginho do que for, mas ninguém pode negar que ele é carinhoso, afinal, quem começa uma música mandando um beijinho pra filhinha, pra vovó e pra égua pocotó? E é cativante a amizade entre o jumento e o cavalinho, que nunca andam só e convidam a eguinha Pocotó para passear. (ouça)
4. Fricote (Luiz Caldas)
Em tempos de politicamente correto, Luiz Caldas teria que fazer uma música sobre uma afro-descendente de cabelo crespo que não gosta de pentear. Mas naquela época ele podia dizer que havia um negão que gritava para que ela passasse duas cores de batom: violeta, para a boca e a bochecha, e azul, para a boca e... a porta do céu (oi?). (ouça)
3. Dança do Créu (Mc Créu)
E o funk nos brinda com mais um exemplar nonsense para o nosso top 10 de hoje. Garantindo a medalha de bronze, está Mc Créu, que passou por um processo de criação semelhante ao de Neguinho da Beija-Flor, mas que desenvolveu velocidades para o seu "créu". (ouça)
2. Na Boquinha da Garrafa (Cia do Pagode)
O que você faria da vida se a sua mulher o trocasse por uma garrafa? Uns tentariam suicídio, outros se tornariam alcóolatras. O nosso colega da Cia do Pagode criou uma música que fez um sucesso estrondoso convidando a todos para ralar na boquinha da garrafa. E o pior de tudo é que muita gente não "guentou e foi ralar". (ouça)
1. Morango do Nordeste (Karametade)
Músicas podem evocar lembranças, servem para dançar, ajudam a distrair... E podem até mesmo ser instrutivas! Nosso primeiro lugar de hoje ensina que não existem morangos no Nordeste. Mas isso não importa, porque apesar de colher as batatas da terra, com aquela mulher ele vai até pra guerra. Entendeu? Ai, ai... é amor, é amor. (ouça)