Por onde anda Michael Oliver, de 'O Pestinha'?
Ator, que completa 30 anos em 2011, abandonou Hollywood após disputa judicial com a Universal Pictures. Michael Oliver em "O Pestinha" e em foto recente
Michael Oliver, mais lembrado como o endiabrado Júnior em “O Pestinha”, é um caso de artista que viu sua carreira ir por água abaixo depois de fazer sucesso. Mas a culpa não foi do álcool ou das drogas, como acontece com muitos astros-mirins. Neste caso, a responsável por afundar a carreira do menino foi sua própria mãe.
Tudo aconteceu em 1991, quando, depois do sucesso do primeiro “O Pestinha”, Michael foi chamado para a continuação do filme, com um cachê de US$ 80 mil. Às vésperas do início das filmagens, a mãe do ator, Dianne Ponce, disse à Universal Pictures que só deixaria o filho participar se o cachê fosse elevado para US$ 500 mil. Ela não se conformou que John Ritter, que fazia o pai do menino no filme, ganhasse US$ 1 milhão. A Universal, que já tinha gasto US$ 4 milhões com produção, aceitou aumentar o cachê. Deu US$ 250 mil no início das filmagens com a promessa de dar o restante no fim.
Com o filme pronto, porém, a Universal não só não deu os R$ 250 mil restantes como processou Dianne Ponce por extorsão. Ela precisou devolver R$ 170 mil à produtora. Michael Oliver, que ganharia uma série de TV caso “O Pestinha 2” rendesse mais de US$ 35 milhões, acabou na geladeira, até porque o segundo filme não fez o mesmo sucesso que o primeiro.
Michael e sua estranha paixão: a espada. Ao lado, durante um show
Depois do entrevero, Michael ainda participou de dois seriados e um filme. Foi indicado duas vezes ao Young Artist Award (“Drexell’s Class” e “O Pestinha 2”) e ficou em 68º na lista dos 100 melhores astros-mirins feita pela VH1 em 2005. E deu adeus a Hollywood, transformando-se em técnico de som de bandas desconhecidas. Em seu perfil no site de uma das bandas, aparece de cabelos compridos e descrições um tanto estranhas: “tem paixão por espadas” e “escreve em língua própria”.
De vez em quando, responde aos engraçadinhos de plantão que fazem piadas sobre ele em fóruns na internet. “Quando eu era pequeno, aprendi cedo que as pessoas podem ser muito ruins. Voltei para a escola pública depois dos filmes e sofri de inveja e perseguição. (...) Um dos motivos pelos quais saí da indústria (cinematográfica) foi que não gosto de ser colocado como alvo fácil. (...) Ainda gosto da minha vida reclusa, e vejo as experiências que tive como maravilhosas, apesar de não terem sido de graça. (...)”, escreveu Michael, que completa 30 anos em outubro deste ano.