Nem só de sucesso absoluto vivem as produções televisivas brasileiras, sobretudo as telenovelas. Algumas delas ficam em nossa mente por anos nos relembrando coisas boas, certo? Pois é… Na lista abaixo, que foi criada pelo Os 10 Maiores, estão as 10 piores novelas que já passaram pela televisão brasileira. Algumas não obteram sucesso por terem um roteiro péssimo, outras pela péssima interpretação dos atores, péssima direção ou simplesmente porque não tem atrativo algum.
10 – Estrela Guia – Globo, 2001
A micronovela Estrela Guia foi uma produção da Rede Globo que tinha como finalidade apenas explorar mais um pouco a imagem virginal da Devassa, digo, Sandy. Já não bastasse colocá-la naquele péssimo programa dominical “Sandy e Jr.”, a emissora ainda achou pouco e a pôs no ar de segunda a sábado também. Ou seja: era Sandy de segunda a segunda! Para quem não lembra, a trama, que teve apenas 83 capítulos, contava a história de Cristal, uma jovem hippie nascida em uma comunidade alternativa e que era protegida da fúria da cidade grande por seus pais. Na novela, Cristal foi batizada pelo também hippie Tony, personagem de Guilherme Fontes, que a reencontra anos mais tarde e vive com ela uma história de amor. Não é nem preciso dizer que o folhetim era de dar dó.
09 – Começar de Novo – Globo, 2004
Pensou em novela ruim, pensou em Começar de Novo. Não há adjetivo mais apropriado para atribuirmos à tal produção do que ‘terrível’. Parece que quanto mais se tenta homenagear algo, mais ridícula é a tentativa (isso quando o assunto é, principalmente, novelas). Para quem não lembra, Começar de Novo fazia inúmeras referências à Rússia, tendo, inclusive, o protagonista Miguel (interpretado por Marcos Paulo) o sobrenome Karamazov, inspirado nos personagens do escritor Fiodor Dostoieviski. A trama também insistiu em temáticas já batidas, como perda de memória (definitivamente Marcos Paulo – de novo ele – estava péssimo durante os ataques de dores de cabeça que seu personagem tinha), família hippie ‘paz e amor’ e mãe malvada sedenta por acabar romance de filha e mocinho da história. Ah, já íamos esquecendo: também havia uma personagem com o nome de “Branca das neves”. Ridículo…
08 – Bang Bang – Globo, 2005
Bang Bang foi uma tentativa frustrada da Globo introduzir uma temática diferente do que sempre produziu no horário das 7. Pela primeira vez, a emissora carioca abordou o tema “faroeste” em uma produção da casa, que por sinal, não emplacou. Talvez razões como as piadas de velho oeste com duplo sentido, alusões a fatos desconhecidos pelo grande público e os nomes dos personagens serem em língua inglesa – como “Neon” ou “Penny Lane” – foram cruciais pelos baixíssimos índices de audiência alcançados pela trama de Mário Prata. O autor ainda pulou fora do barco, abandonando a novela nas primeiras semanas e deixando a bomba para Carlos Lombardi. A história não colou e ainda maculou, mais uma vez, as noites de segunda a sábado.
07 – Uga-Uga – Globo, 2000
Quem não lembra de Uga-Uga, “a novela que não está no gibi”, que contava a história do índio branco e loiro Tatuapu, vivido por Claudio Heinrich? Apesar de uma boa audiência – média de 37 pontos no horário – o folhetim era simplesmente bizarro, ainda mais quando a trama foi esticada em mais de um mês. Já perto do fim, a história não saía do lugar e as armações eram cada vez menos atrativas. A novela sofreu críticas duras do Ministério da Justiça graças ao forte apelo sexual, cenas de nudez e violência explícita; de organizações do direito indígena; e até do Sindicato dos Aeronautas, devido ao papel interpretado pela atriz Beth Lago, uma comissária de bordo nada convencional. Só para constar: notaram como o título da novela – Uga-Uga – ficava horroroso na boca de Fátima Bernardes quando ela apresentava a chamada do Jornal Nacional? Simplesmente ridículo.
06 – Zazá – Globo, 1997
Nem Fernanda Montenegro conseguiu dar um jeito de fazer com que a novela Zazá desse certo. O primeiro absurdo do folhetim foi o de atribuir à protagonista Zazá, uma aviadora, uma descendência de ninguém menos que o inventor brasileiro Alberto Santos Dumont. A história da novela era inconsistente (a trama se desenrolava apenas no fato de Zazá desejar dar um rumo à vida de seus sete filhos), o que fez com que a produção não fosse bem de audiência. Todas as noites milhões de telespectadores sintonizavam em Zazá e não viam nada acontecer. Até a abertura da novela era ruim. Quando o folhetim acabou. Não deixou a mínima saudade…
05 – Metamorphoses – Record, 2004
Para quem não lembra, Metamorphoses foi uma curta novela da Rede Record, produzida pela produtora independente Casablanca, que não agradou ao público. A trama era exibida de segunda a sábado, no entanto, sua estreia deu-se em um domingo. Metamorphoses era o nome de uma clínica de estética e cirurgia plástica, cuja dona, Circe, interpretada por Lígia Cortêz, faz transplantes de rosto (é isso mesmo, bem à frente da medicina na vida real). Ao fugir de alguns integrantes da máfia japonesa, Circe juntamente com sua irmã, Lia (Vanessa Lóes), acabam sofrendo um acidente. Em decorrência disso, Lia morre, mas antes pede a um amigo que ele faça a cirurgia de mudança de rosto entre ela e a irmã. É assim que Circe vira Lia. Agora, não é pedir muito que o público engula o fato de Lígia Cortêz se transformar em Vanessa Lóes?
04 – Brida – TV Manchete, 1998
A adaptação do romance homônimo de Paulo Coelho não agradou nem mesmo ao autor. Apesar de toda a publicidade gerada à época, quando a extinta TV Manchete anunciava aos quatro ventos a superprodução que tinha até cenas gravadas na Irlanda, Brida não rendeu mais que 52 capítulos e míseros 2 pontos no IBOPE. A história da jovem bruxa, única pessoa que podia derrotar um bruxo, não emplacou e a produção teve de ser encurtada, pois a emissora já não detinha recursos para levá-la adiante. Em outras palavras: Brida não passou de um fiasco televisivo.
03 – Kubanacan – Globo, 2003
Feche os olhos e pense numa novela ruim: provavelmente você terá 50% de chance de lembrar de Kubanacan, folhetim cuja trama se passava em uma ilha fictícia de mesmo nome, no Caribe, nos anos 50. Em Kubanacan falava-se espanhol (inclusive a trilha da novela era composta por 95% de músicas nessa língua) e comia-se muita banana (literalmente). Se você fizer um esforço, vai se lembrar que o personagem principal da novela era Esteban (Marcos Pasquim), que sofre, a princípio, de amnésia e, posteriormente, de esquizofrenia, o que lhe transforma em um homem de dupla personalidade (esquizofrenia faz isso mesmo com a pessoa ?!?). Enfim, a trama era mesma confusa, ainda mais se levarmos em consideração que Esteban não era Esteban, mas sim Leon, filho dele com Rubi (Carolina Ferraz), amante de Esteban, que vinha do futuro para evitar um desastre nuclear (WTF?!). A novela foi bastante perseguida pelo Ministério da Justiça pelo seu forte apelo sexual e cenas de violência gratuita.
02 – Caminhos do Coração – Record, 2008
Obviamente, nossa lista não poderia deixar de contemplar a novela que ficou conhecida popularmente por “Os Mutantes”. Cá pra nós, “Caminhos do Coração” não tem nada a ver com a trama. Começando com um roteiro parcialmente normal e clichê, a trama aos poucos adquire ares absurdos. Ninguém jamais vai esquecer a mistura bizarra de Heroes com Lost, X-Men e folclore brasileiro. A Record ainda achou pouco e, após o fim, resolveu emendar uma sequência intitulada “Os Mutantes – Caminhos do Coração”. Os absurdos no roteiros começaram a aumentar gradativamente. Isso tudo somado a péssimas interpretações, personagens completamente copiados de qualquer seriado com super-herói que se preze, efeitos especiais totalmente imbecis e interpretações toscas culminaram para que esta novela nunca mais seja esquecida… De um modo ruim…
01 – Tempos Modernos – Globo, 2010
Se você reparou bem, até aqui apareceram inúmeras novelas das 7 da Globo, certo? Por que é que não haveria de ter mais uma, ainda mais no 1º lugar neste post? Pois é, Tempos Modernos foi escolhida por nós (e por milhões de brasileiros que mudam de canal todas as noites, entre as 19h15 e as 20h15) a pior novela da TV brasileira. Definitivamente, a trama não emplacou; pelo contrário: a história do empresário Leal (que saiu da pobreza, ficou podre de rico e acreditem, até hoje não aprendeu a ler!), suas três filhas (duas peruas e outra apaixonada pelo seu provável possível meio-irmão – será?) e seu computador do outro mundo, Frank, não aguçam a curiosidade do público em assisti-la. Além disso, a personagem apática de Grazi Massafera, Teodora, ficou como uma péssima vilã e o núcleo “Rock’n’Roll” da novela nos dá vontade de chorar.
Fonte : Blog Harry Porco !